
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Informações importantes sobre o mel

quarta-feira, 8 de abril de 2009
Mel do Melipónario do Sertão é Premiado em nível Nacional
No início desse ano, participamos do Concurso nacional de méis de Abelhas Nativas Sem Ferrão realizado pela AME-Rio (Associação dos Meliponicultores do Estado do Rio de Janeiro, que tem como seu Presidente o Ilustríssimo Sr. Pedro Paulo Peixoto).
Durante a etapa nacional que envolveu juízes de 10 Estados da Federação e 09 tipos de méis de ASF diferentes, ficamos em Primeiríssimo lugar, recebendo, dos 10 Juízes, 4 primeiros lugares 3 três segundos, nos dando a pontuação suficente para recebermos o título de mel mais saboroso do BRASIL!!!
Isso mostra que estamos caminhando em rumo certo, sempre primando pela qualidade de nossas abelhas sem ferrão.
Gostaria de agradecer ao Mestre Pedro Paulo Peixoto, pela iniciativa da realização do concurso em âmbito Nacional, tenho certeza que outros concurso irão acontecer e em todos, estaremos sempre participando para adoçar a vidas de muitos amigos meliponicultores.
A Todos boa Páscoa...
Kalhil Pereira França
quarta-feira, 25 de março de 2009
Falta de Espaço não é desculpa para não criar abelhas sem Ferrão!!!
A todos, boa semana!!!!
sábado, 14 de março de 2009
A importância de criar abelhas nativas
As abelhas sem ferrão são os principais agentes polinizadores de várias plantas nativas. Preservar essas abelhas contribui, portanto, para conservar os mais diversos tipos de vegetação.
Há muitos agricultores utilizando as abelhas sem ferrão na polinização de culturas agrícolas tais como urucum, chuchu, camu-camu, carambola, coco-da-bahia e manga. Essa prática, amplamente usada com as abelhas do gênero Apis (conhecidas como abelhas africanizadas ou abelhas africanas) e Bombus (as mamangavas, também chamadas de mamangaba, mangangá, mangava, etc.), vem sendo utilizada até mesmo para cultivar morangos dentro de estufas.
O mel produzido pelas abelhas sem ferrão contém os nutrientes básicos necessários à saúde, como açúcares, proteínas, vitaminas e gordura. Esse mel possui, também, uma elevada atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em várias regiões do País.
Além de fonte de alimento e remédio, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão representa, em algumas regiões, uma importante fonte de renda. Na Região Nordeste, onde a meliponicultura é mais praticada, são encontrados produtores (ou meliponicultores) com até 1.500 ninhos de abelhas, e que sobrevivem, basicamente, do comércio do mel.
terça-feira, 10 de março de 2009
Como multiplicar uma colónia.
3º, colocamos os discos que foram retirados da caixa doadora (caixa mãe) na caixa nova (caixa filha), não recomendamos colocar alimento agora, nem mel nem saborá (polém processado pelas abelhas), pois a colónia está muito instável, e a presença de potes de alimento rompidos pode atrair nos forídeos (nossos maiores inimigos), forídeos são mosquinhas ligeiras que entram nas caixas e passam a se reproduzir em rápida velocidade, passam a se alimentar do saborá e quanto este acaba, passa a se alimentar das crias jovens, por isso, nada de alimento nesse momento, as abelhas são adultas e não morrem de fome assim tão rápido, só colocamos algum mel ou saborá no dia seguinte.
4º, Em seguida, fechamos a caixa e colocamos a onde estava a caixa mãe, batemos um pouco na caixa mãe e vamos deixando que as abelhas saiam, quando uma quantidade significativa sair, fechamos a caixa mãe e mudamos ela de lugar, removemos para uma distância de 3 ou 4 metros, não precisa ser muito longe, mais recomendo que a caixa mãe fique durante alguns minutos fechada (meia hora) para evitar que as abelhas queiram retornar para caixa mãe e para evitar também que saiam abelhas de mais. Depois é só abrir depois que todas a abelhas já tiverem entrado na caixa filha.
No dia seguinte, abrimos a caixa filha bem devagar para provocar o mínimo de pertubação possível, colocamos cera, saborá e um pouco de mel e pronto, se observarmos a presença de forídeos, basta colocar algumas iscas com vinagre à base de maça, caso contrário só abrimos a caixa agora depois de 10 dias, nesse tempo ficamos a observar por fora, olhamos se estão trabalhando, se estão a fazer a entrada com barro, se chegam carredas de algum material, etc.
Passado os 10 dias, abrimos e verificamos a presença de alguma ou algumas princesas pela caixa, se tiver, logo logo alguma será aceita e entronada no posto de rainha.
Mais 10 dias depois verificamos se essa rainha ganhou a fisiogastria, ou seja, está gordinha.
Caso, contrário, inserimos outro disco disco de cria caso não tenham mais abelhas a nascer.
Se sim, é provável que ela tenha sido aceita e passará a realizar a postura regular.
Pronto, se vc chegou até aqui, parabéns, você realizou uma das atividades mais nobre como meliponicultor que é a reprodução induzida da espécie, todos anos fazemos muitas e muitas multiplicações e cada uma nos trás uma satisfação imensa, pois estamos contribuindo com a natureza e perpetuando o legado de muitos que lutaram para manter "viva" a Jandaíra no Semi-árido Potiguar, a estes, nosso carinho e respeito.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Início das Chuvas
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Como iniciar na Meliponicultura!
Pra você que gosta de animais, as abelhas sem ferrão são uma boa alternativa, são animais dóceis pois não podem ferroar e não possuem comportamento agressivo, não incomodam os vizinhos e não pertubam ninguém.
Não fazem sujeira com gatos ou cachorros, não precisa está sempre manejando, não precisa gastar com vacinas e nem medicamentos, você contribui com a natureza pois as abelhas são polinizadoras e ajudam a preservar a mata nativa de sua região, embelezam e alegram o lugar, dando um charme a mais, podem ser usadas para ornamentar varandas e jardins, como diz o ditado, "abelha não faz mal, faz mel"!
Pra quem deseja começar, deve procurar abelhas que são nativas de sua região pois isso facilita no aprendizado e no manejo, começe com alguns colónias, no máximo cinco enxames, já é o suficiente para se montar seu meliponário.
Os interessados podem me procurar através do contato acima do blog que ensino todo o manejo gratuitamente e comercializo as colónias para criadores iniciantes.
Forneço ao iniciante algumas cartilhas e livros que podem aprofundar o conhecimento fornecido incialmente durante as instruções inicias.
A todos uma excelente semana.
Kalhil Pereira França
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
O valor do mel da Jandaíra
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A Jandaíra
A jandaíra (Melipona subnitida Ducke) é um meliponíneo típico do sertão. O seu mel é apreciado pelas populações nativas. Entretanto, a literatura sobre a biologia dessa abelha é reduzida. O trabalho pioneiro é o do Monsenhor Huberto Bruening, publicado em 1990, no livro "A Abelha Jandaíra"
A criação de jandaíra é considerada uma atividade para desenvolvimento sustentado porque inclui restauração ambiental através da preservação e plantio de árvores que servem de locais de nidificação, além da atuação das abelhas na polinização da flora nativa. Os principais produtos de interesse comercial são o mel e a preparação de enxames.
A Jandaíra (Melipona subnitida) ocorre naturalmente em áreas do sertão brasileiro. O limite geográfico de ocorrência desta espécie se dá a cerca de 11°S (centro-norte do Estado da Bahia) e a cerca de 40°W (Chapada do Araripe). Algumas localidades mais conhecidas da ocorrência desta espécie são: Fortaleza, Cascavel, Maranguape e Baturité no Estado do Ceará, Mossoró, Areia Branca, Caicó, Currais Novos, Jardim do Seridó e Parelhas no Rio Grande do Norte; Araripina e áreas da Chapada do Araripe em Pernambuco (divisa com Ceará); Rodelas, Paulo Afonso, Glória, Miguel-Calmon e várias localidades do Raso da Catarina na Bahia.
Arquitetura do ninhoO que caracteriza os ninhos das abelhas sem ferrão é a construção das células de cria utilizadas somente uma vez pelas operárias; o alimento larval líquido é oferecido todo de uma vez antes da rainha ali colocar seu ovo; o ovo é colocado pela rainha em posição vertical em relação ao alimento larval. O tempo de desenvolvimento do ovo até adulto é cerca da 40 dias. Após o nascimento, a célula é destruída pelas operárias. Na jandaíra, as células de cria apresentam, predominantemente, disposição horizontal. Os favos de cria são geralmente envoltos por camadas de cerume que auxiliam na termorregulação do ninho. A entrada do ninho, ao redor de raias de barro, é construída de tal modo que permite a passagem de apenas uma abelha de cada vez.O mel e o pólen são guardados em potes especiais ovóides cujo tamanho varia com o estado da colonia (colônias fortes tem potes maiores). Os potes de alimento ficam concentrados em áreas específicas dos ninhos. As figuras 4 e 5 mostram potes de mel com paredes finas e grossas, construídos na época das chuvas e de seca respectivamente. Investir na fabricação do cerume é uma forma de economizar energia quando há alimento.
Nas abelhas Melipona, machos, rainhas e operárias são criados em células iguais. São aproximadamente do mesmo tamanho, mas as proporções corporais diferem muito.Os machos passam aproximadamente 15 dias dentro da colméia. Após esse período saem do ninho e podem formar aglomerados junto aos ninhos onde há rainha para ser fecundada ou nas proximidades do meliponário.Os machos não trabalham para a colônia. Desidratam o néctar antes de abandonar a colonia-mãe e também quando participam dos aglomerados.As operárias são responsáveis por todas as atividades da colônia: constroem células de cria, aprovisionam as células, são guardas da colônia, coletam alimento que armazenam nos potes por elas construídos. A mesma operária realiza diferentes trabalhos durante a sua vida, que em média é de 60 dias.As rainhas virgens nascem em grande número nessa espécie. Geralmente são mortas pelas operárias logo depois de saírem das células. Às vezes desenvolvem seu poder de atração dentro da colônia. Distendem seu abdome e são cercadas pelas operárias, com as quais interagem, como mostram as figuras 7 e 8.Após essa etapa a rainha está pronta para se acasalar. Pode sair da colônia e ter o vôo nupcial, onde será fecundada. As rainhas fecundadas desenvolvem seu abdome (ficam fisogástricas) e não podem mais voar.
Hábitos de nidificação"Podemos afirmar que nunca se praticou meliponicultura no Nordeste, pelo menos a racional ou metódica. Sempre houve mais Jandaíras que Nordestinos, mais casas de abelhas indígenas que casas de aborígenes. Hoje a situação é exatamente oposta. E pior ainda: o meleiro está destruindo as derradeiras casas - imburanas e catingueiras - que ainda restam pelo sertão. Nada escapa a sanha de carvoerios, caçadores de mel, caçadores de 'madeira', etc.. Até o raríssimo cumaru é cortado e serrado em fatias - sem cerne ainda - para fabricar caixas de empacotar melão. E a imburana é desfiada para cepilho... Nossas abelhas estão fadadas à extinção mais cedo que se pensa. Sem casa para morar, quem é que trabalha? Se ao menos cuidassem os homens de repor, de replantar e reflorestar... Ou ainda: se parassem de destruir... A terra mesma se reveste, recupera e recobre."Monsenhor Huberto Bruening, "A Abelha Jandaíra", 1990: 9 A Jandaíra faz seus ninhos em ocos de árvores, destacando-se aqui sua preferência pela imburana (Commiphora leptophloeos - Burseracea) e pela catingueira (Caesalpinia microphylla - Leguminosae). As imburanas podem ser replantadas usando-se pedaços de troncos ou galhos.
http://www.meliponas.blogspot.com/
O que são abelhas sem ferrão?
O QUE SÃO ABELHAS SEM FERRÃO?
As abelhas sem ferrão, ou meliponíneos, são insetos que possuem o ferrão atrofiado. Essas abelhas são nativas do território brasileiro, ou seja, não foram trazidas e introduzidas pelo homem de outras partes do mundo, como ocorrem com as abelhas melíferas (Apis mellifera), conhecidas como africanizadas. No Brasil existem mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, variando conforme a região.
As abelhas sem ferrão são abelhas que vivem em SOCIEDADE, ou em famílias. Na família ou colônia, as abelhas dividem as tarefas, cooperam e se comunicam entre si. O número de indivíduos em suas colônias pode variar de cerca de 500 até 150.000 indivíduos.
Algumas espécies são mansas, outras agressivas, algumas pequeninas e outras graúdas. Como abelhas nativas das regiões tropicais estão adaptadas a diferentes condições climáticas e feições de vegetação, sendo importantes polinizadores e, algumas, são produtoras de delicioso mel.
POR QUE CRIAR ABELHAS SEM FERRÃO?
A criação de abelhas sem ferrão permite, principalmente, a preservação das plantas nativas, devido aos serviços de coleta de néctar e pólen das flores realizadas pelas campeiras (abelhas operárias). Ao se movimentarem sobre as flores em busca do pólen e néctar as abelhas promovem o transporte do pólen de uma flor para outra, colaborando para a fertilização das plantas. Este mecanismo é que assegura a multiplicação e sobrevivência das vegetais.
Outro, dos principais interesses pela criação racional destas abelhas está no prazer que o manejo diário proporciona ao criador, uma vez que esta atividade não representa risco de acidentes com ferroadas. São, de um modo geral, abelhas bastante dóceis e de fácil manejo. Por isso, dispensam o uso de roupas e equipamentos de proteção tais como macacão, luvas, máscaras e fumegadores, reduzindo os custos de sua criação e permitindo que essas abelhas sejam mantidas perto de residências e/ou de criações de animais domésticos. Além disso, por não exigir força física e/ou prolongada dedicação ao seu manejo, a criação de abelhas sem ferrão pode ser facilmente executada por jovens e idosos.
Além do lazer, a atividade pode ainda pode representar uma renda extra, através da comercialização de mel e enxames e podendo-se dispor deste delicioso alimento para a própria alimentação.
ALGUMAS DICAS DE LIVROS SOBRE O ASSUNTO
A criação racional de abelhas jataí. GO DOI. Editora Ícone.
Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão. Paulo Nogueira Neto. Editora Nogueirapis. São Paulo.
Abelha Uruçu: Biologia, Manejo e Conservação. KERR. Editora Fundação Acangaú. Belo Horizonte - MG