terça-feira, 31 de maio de 2011

Hábitos anti-higiênicos das abelhas e a importância das boas práticas

Na literatura científica há vários relatos a respeito de alguns hábitos anti-higiênicos de certas abelhas sem ferrão. Há até quem aconselhe a não utilização do mel de algumas espécies pela possível contaminação por coliformes fecais e outros fatores patogênicos.

A própria apis melifera já foi observada se utilizando desses hábitos indesejados, o caso mais famoso segundo o Prof. Paulo Nogueira Neto no seu livro Vida e Criação de Abelhas Endígenas sem Ferrão, foi o caso relatado por W. G. Sackett (1919 p.4). No Tenessee (USA) ele viu muitas vezes essas abelhas andando sobre escrementos humanos. Após muitas experiências foi observado que mel não sofria influência desse comportamento por causa de sua, à época, "misteriosa" ação antibiótica. 
  
Padre Huberto Bruening, pioneiro na criação racionl da Jandaíra, já relatava a observação do uso de titica de galinha na calafetagem das caixas da rainha do sertão. Em todos esse anos de criação nunca tinha visto tal comportamento por parte de qualquer abelha nativa, porém nesse fim de semana fui surpreendido pela observação de uma Jandaíra andando sobre fezes de cachorro. 


O fato me chamou bastante atenção. Na hora parei ao lado e fiquei a observar o que realmente ela estava fazendo. Após alguns minutos de observação a conclusão que cheguei foi que ela estava a coletar algumas bolotinhas de fezes nas corbículas e as transportava de volta ao ninho. 


O local da obsevação era relativamente perto de onde se encontrava as caixas, mas não tive como localizar a colônia a qual essa abelha pertencia. O fato é que realmente esse comportamento existe e através dessa comprovação se percebe ainda mais a importância das boas práticas de manejo e coleta do mel das abelhas sem ferrão.


Por isso recomendo a quem gosta de consumir de mel de qualidade que sempre adquira seus produtos com criadores que respeitam e utilizam as normas de higiene. O mel, como qualquer alimento, está passível de contaminação durante a munipulação de coleta. E como nós sabemos e comprovamos é possível a existência de fatores patogênicos contanimantes dentro das caixas das abelhas.

(foto da internet)
Não se deve coletar o mel espremendo os potes ou mesmo furando-os dentro dos cortiços, pois assim esse mel entra em contato com materias que podem conter resíduos patogênicos. A melhor forma de coleta é através da bomba sugadora, nessa forma não há contato do mel com interior do enxame, evitando assim a possível contaminação por substâncias fecais.

att,

Mossoró-RN, 31 maio de 2011.

Kalhil Pereira França 
Meliponário do Sertão 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O encanto das flores da "Malva Branca"

Há dias que venho acompanhando as minhas abelhas pela manhã bem cedo, basta o sol clarear os primeiros raios de luz que as abelhas saem de suas casinhas em busca de alimento. Em pouco tempo já retornam com grande quantidade pólen e néctar.

Apenas para mostrar o que estou falando essa manhã retirei uma colônia do lugar e deixei que as abelhas fossem se acumulando no beiral do telhado. Não demorou muito e foi possível observarmos a grande quantidade pólen nas corbículas das Jandaíras.

(clique nas fotos para ampliar)

Apenas uma dúvida me passava pela cabeça, que polén é àquele? Esperimentei, cheirei, olhei, mas no fim não consegui identificar. No próximo fim de semana vou coletar um pouco desse pólen para enviar para análise. Só assim vou saber que polén tão abundande é esse. 


O polén eu não sei de onde está vindo, mas o néctar esse é fácil, vem da floração intensa da Malva-Branca. Eu já falei dela no passado, para ver basta acessar o endereço  seguinte: (http://meliponariodosertao.blogspot.com/2010/05/jandaira-e-flor-da-malva-um-caso-de.html), sempre pra mim foi uma das florações mais apreciadas pelas abelhas sem ferrão, na verdade, por todos os insetos coletores de néctar, pois não vejo só as abelhas nessa pequena flor, há de tudo, de vespídeos a diversos tipos de moscas.

Uma grande surpresa foi observar a beleza da Mandacaia nas suas flores, essa abelha se parece muito em termos de manejo com as jandaíras. A cada dia aumenta a minha admiração por esse inseto, suas vívidas listras amarelo-ouro são de um encanto imprecionante.  

As Jandaíras não ficam para trás, coletam néctar de maneira muito paciente. Uma curiosidade é observar que a Jandaíra só passa de galho para outro somente após passar em todas as flores. Comparando-as com as européias são muito mais eficientes em termos de coleta, pois são muito mais rápidas.


O problema é que elas não estão sozinhas, na natureza há sempre predadores naturais a postos para capturar alguma abelhinha desprevenida, essa por exemplo não teve sorte e serviu de café da manhã dessa espécie de barbeiro. 

Felizmente, há grande maioria sobrevive e consegue levar para casa o seu alimento de cada dia. As abelhas, através do seu trabalho diário, contribuiem de maneira especial para continuação da vida. O trabalho de polinização realizado por esses insetos é um dos responsáveis pela manutenção das condições de sobrevivência na terra. 

Por isso devemos criá-las e protegê-las. Muitas vezes na correria da cidade grande não temos tempo para Parar alguns minutos e apreciarmos a beleza do trabalho das abelhas que só nos fazem bem. Como dizia o Monsenhor Huberto no seu diário-livro "Abelha Jandaíra", são exemplo de vida e previdência, com elas me sinto mais perto do criador.
att,
Mossoró-RN, em 30 de maio de 2011.

Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Rivan Fernandes, Coração de Meliponicultor

Esse fim de semana fui a Natal-RN e no retorno a Mossoró passei em Macaíba, cidade da região metropolitana da capital, para conhecer mais um amigo meliponicultor. Trata-se do simpático Rivan Fernandes, 2º Sargento da Polícia Militar do RN que nas horas vagas é criador de abelhas sem ferrão e responsável pelo blog www.meliponariodolitoral.blogpost.com, antigo meliponário coração de meliponicultor.




Antes de conhecer o refúgio das abelhas o Rivan, profundo conhecedor da história da sua região, nos levou a um dos belos pontos históricos de Macaíba que nos chamou bastante atenção principalmente pela beleza do lugar. Trata-se do Solar Ferreiro Torno uma antiga fazenda de cana-de-açúcar do século XVII que pertenceu ao Capitão Francisco Rodrigues Coelho, um dos fundadores da antiga vila de Coité, primeiro nome de Macaíba.




Nesse lindo lugar foi erguido, à época, o engenho Potengí, o 2º da Capatania hereditária do Rio Grande do Norte. O lugar, ainda muito bem preservado, é rodeado por lindas palmeiras imperiais com resquícios de mata atlântica. Guarda consigo muita História e magia, a fazenda era um espécie de entreposto comercial e possuía muitos escravos. Para saber mais sobre o assunto acesse: http://www.historiaegenealogia.com/2010/04/solar-ferreiro-torto.html




Fiquei a imaginar como deveria ser ter vivido naquele difícil período imperial, caminhando na velha e fechada trilha da onça encontramos muitas abelhas canudos que trabalhavam de maneira incansável, o único problema era a obrigação de ficar atento ao chão para evitar o contato com as maleditas folhas de ortiga, quem já sofreu uma queimadura dessa planta sabe o quanto dor incomoda.


(Eu, Shyrliane, Maria Eduarda e Heitor (dentro da barriga da mãe))






Logo em seguida fomos direto a residência do Rivan, o lugar é muito agradável e possui abelhas Jandaíras espalhadas por muitos lados, me senti em casa, pois o meu meliponário não é muito diferente. Um riqueza foi observar um poço d'água artesiano com 60 metros de profundidade que mina água 24 horas por dia sem precisar de nenhum tipo de bomba. Isso pra quem é sertanejo é um presente de Deus.










A Rivan possui Jandaíras nas mais variadas caixas, a grande maioria é fruto de processo de multiplicação pelo processo 2:1 com ninho todo, essa é uma técnica diferente de multiplicação de enxames convencional, pois, como sabemos, a divisão 2:1 é a retirada de alguns discos de uma caixa e doação de campeiras de outras. Só que o Rivan tira tudo, ou seja, ele literalmente arranca todo o ninho de uma caixa, deixando-a sem nenhuma postura.










Segundo o Rivan desse jeito é muito mais eficiente pois assim não riscos de falta de princesas, pois há abelhas em todas as fases de cria, desde pupas a ovos de postura recente.

Eu confesso que fiquei bastante interessado pela técnica, pois ao revisar algumas caixas do Rivan pude constatar a rápida recuperação das colônias que tinham seus discos de cria retirados. Vou testar e quem sabe passe a usá-la rotineiramente.










A visita foi muito prazerosa, tive a aportunidade de ver a beleza da Jandaíra mais uma vez nas flores do mutre, que por sinal, é um planta melífera muito procurada por todas as abelhas com e sem ferrão. Uma ótima opção para pasto apícola.






O contato direto com outros meliponicultores é muito importante para quem deseja está sempre aprendendo e se reciclando, pois cada um guarda consigo algum conhecimento específico, como sempre estou a aprender com meus amigos dessa vez não foi diferente, o Rivan me ensinou uma excelente técnica de reaproveitamente de cerume, muito fácil e prático de fazer que em breve estarei postando aqui no blog.






Infelizmente, devido ao prolongar do tempo tinhamos que partir, sai de lá com dois presente, um colônia de moça branca e um muda de moringa que minha esposa esqueceu sem querer. Confesso que fiquei com vontade de retornar. Muito em breve voltarei a reencontar mais uma vez o amigo Rivan, criador de abelhas sem ferrão em Macaíba-RN. Já na estrada, ao nos aproximarmos do pico do cabugi, um dos pontos mais bonitos do RN tivemos uma rara oportunidade de apreciar esse belo por do sol que nos guiou ao nosso destino de volta a Mossoró. 




Att,


Mossoró-RN, em 25 de maio de 2011.




Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão

terça-feira, 17 de maio de 2011

Novas Informações sobre o 1º Curso de Meliponicultura de Mossoró-RN


(da esquerda para direita, Kalhil Pereira, Paulo Menezes e Márcio Pires)

Ontem à noite, na residência do amigo Paulo Menezes traçamos os primeiros passos para 1º Curso de Capacitação em Meliponicultura da Cidade Mossoró-RN. Na oportunidade entreguei ao amigo duas colônias de Mandacaia recebidas por mim vindas da Bahia pelo amigo e Meliponicultor Márcio Pires.

Ainda não temos uma data específica, mas será em breve, estamos estudando uma sexta e sábado, ficando o domingo reservado para a viagem de volta dos participantes que vierem de outras cidades. Haverá uma ampla divulgação tanto nos blogs, quanto em outros meios de comunicação. Ficou definido que esse primeiro evento será algo inicialmente pequeno, com um 1ª turma de no máximo 20 alunos.

A parte prática será realizada no lindo espaço do Meliponário Menezes e a teórica ainda a ser definida (UFERSA, UNP, SEBRAE etc). O curso terá 12 módulos, 6 de parte teórica e 6 de parte prática que serão distribuídos da seguinte maneira:

Parte teórica

I - História da Meliponicultura em Mossoró-RN e o seu Pioneiro Padre Huberto;
II- Principais espécies de Abelhas sem Ferrão do Rio Grande do Norte;
III-Diferenças entre Apis melifera (africanizada) e os meliponíneos;
IV-Tipos de caixa racional e a identificação das espécie pela entrada;
V- Aspectos biológicos das abelhas sem ferrão, tipos de ninhos e posturas, hábitos de nidificação natural e reconhecimento de castas (rainhas, operárias e zangões);
VI- Alimentação arficial, receitas para substituição de néctar e polén; e
VII-Análise sensorial do mel da abelha Jandaíra.
(Encerramento com exibição de vídeo curso de meliponicultura)

Parte prática

I - Material para prática da meliponicultura;
II- Transferência de enxame natural para caixa racional;
III-Processo de multiplicação de enxames em caixa racional;
IV-Inimigos naturais e os forídeos, como combatê-los;
V- Manejo de revisão mensal, o que se observar; e
VI-Casa do Mel, boas práticas de colheita e conservação.

O curso será, inicialmente, todo ministrado por mim e pelo Paulo, nós já trabalhamos com capacitação em meliponicultura há vários anos e isso nos credencia a um bom nível de ensino, todavia, vamos fazer alguns convites a estudiosos na área no intuito de enrriquecer ainda mais o nosso trabalho.

Eu não tenho dúvidas, serão dois dias ricos em informações sobre a meliponicultura. Esse é um projeto piloto, mas acredito que pode se tornar, pelo nível de meliponicultura que praticamos, um excelente evento na agenda anual da atividade no Estado.

att,

Mossoró-RN, em 17 de maio de 2011.

Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão

segunda-feira, 9 de maio de 2011

As Tão Sonhadas Mandacaias (melipona mandacaia)

Você rodaria 1.200 km, atravessaria 5 estados do país, enfrentaria as piores BRs do Brasil em busca de algumas colônias de abelhas sem ferrão??? Muita gente diria que não, mas alguns "loucos" apaixonados como eu e alguns outros, certamente diriam que sim.

Pois foi exatamente isso que meu amigo Márcio Pires, do meliponarioreidamandacaia fez para iniciar o seu mais novo caso de amor com as Abelhas Jandaíras. Só mesmo quem gosta muuuuito das abelhas nativas faria isso.

Nesse fim de semana tive o prazer de receber o Márcio e família no Meliponário do Sertão em Tibau-RN, tinhamos acertado uma troca de colônias de Jandaíra por colônias de Mandacaia. Ele me trouxe 20 caixas de mandacaia (melipona mandacaia) e eu lhe forneci 25 enxames de Jandaíra, a diferença foi uma forma de compensá-los pelos gastos com deslocamento, todos eles instalados em caixas tipo Nordestina. 

Há tempos que eu esperava pela oportunidade de criar essa espécie, mesmo típica da caatinga a mandacaia não é localizada no Rio Grande do Norte, só sendo encontrada em abundância na Bahia, sua região nativa. Mesmo assim não há motivos para preocupação pois o clima e a flora visitada é praticamente a mesma.


Ontem mesmo passei dia observando-as trabalhar de maneira intensa, do mesmo modo que as Jandaíras, são freguentadoras assíduas das flores da malva. Na foto acima podemos apreciá-las numa linda flor do maracujá.

Essa é uma espécie muito bonita que tem grande destaque pela cor dos seus anéis amarelo-vivo, posso dizer que eu e Alfredo (o dono das abelhas) estamos mais felizes que pinto no lixo. O difícil mesmo foi convencer o menino aí a deixar o Márcio levar as suas Jandaíras.


Após instalarmos as Mandacaias escolhemos com carinho as melhores matrizes de Jandaíra disponíveis, tenho certeza que Rei da Mandacaia saiu daqui muito satisfeito com suas novas aquisições. O difícil foi alojar 25 caixas de Jandaíra tipo Nordestina dentro do porta-malas do carro, principalmente por que as matrizes que foram trocadas estava em caixas muito grandes e pesadas, mas com um jeitinho deu tudo certo.


No fim do ano estarei indo a Bahia retribuir a visita e participar da Semana de Meliponicultura em Cruz das Almas-BA, certamente irei levar mais algumas 50 Jandaíras para trocar por mandacaias do Márcio e aumentar ainda mais o meu plantel dessa espécie que encanta qualquer apaixonado pelas abelhas sem ferrão.



Mossoró-RN, em 09 de maio de 2011.

Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Problemas com o domínio


Amigos, o blog está com problemas no endereço www.meliponariodosertao.com, me parece que esse endereço de domínio expirou o prazo e preciso renovar, por isso, enquanto o problema não for resolvido estarei usando o endereço antigo www.meliponariodosertao.blogspot.com, assim que tudo for normalizado aviso.

att,

Kalhil Pereira França

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ótimas Colônias a Caminho...

Nada mais prazeroso para um meliponicultor do que a constatação do nascimento de uma nova colônia pelo seu processo de divisão. Todo o manejo com as abelhas sem ferrão, por mais prazeroso que possa ser, não se compara com a inspeção de desenvolvimento. Principalmente quando constatamos que as nossas divisões vão muito bem.



A multiplicação natural é ato da natureza e quando conseguimos realizá-la é muito gratificante pois assim estamos a contribuir com a preservação e continuação das abelhas sem ferrão.




Nesse fim de semana não foi diferente, assim que cheguei no meliponário passei a verificar uma de minhas caixas que mais tem tomado minha atenção por esses dias, as Cupiras.



Essa espécie, devido a grande população, tem manejo muito simples. Praticamente o que precisam é um espaço mínimo para sua enxameação. Eu tenho apenas 4 enxames dessa espécie e todos eles são oriundos de uma única matriz. Consegui fazer 3 enxames apenas doando campeiras, o que me indica que essa espécie aceita com grande facilidade novas princesas.



A única coisa complicada com essas meninas é a sua defensividade, elas não brincam em serviço. As várias batedoras na entrada, que por sinal é muito peculiar das scaptotrigonas, iniciam o processo de defesa enrrolando nos cabelos assim que me aproximo. Só eu sei a dificuldade que dá pra tirar uma foto dessas.



Não demorei com as Cupiras pois um fato bastante típico do inverno me chamou logo atenção, são as entradas de algumas caixas de Jandaíra que quando da chegada do inverno passam a enfeitar a entrada da caixa com várias raias de entrada.



Esse é o típico sinal de colônia muito forte, pois esses lindos detalhes só são produzidos quando a mão de obra é farta e há disposição para algumas obras exuberantes. O belo inverno desse ano tem proporcionado aos enxames uma explosão de produtividade, mesmo lidando tanto tempo com essas abelhas nunca tinha visto uma produtividade tão alta.



Meu prezado avó me relatava que no passado chegava a colher até 4 litros de mel de Jandaíra por cortiço. Nunca cheguei a encontrar um cortiço que tenha essas dimensões, todavia esse ano estou vendo caixas que vão passar facilmente a casa de 1 litro de mel. Outras, como essa abaixo, estão quase que tomando por completo a melgueira e o ninho com lindos discos, ou seja, tudo em pleno desenvolvimento para futuras divisões.



Que me digam as minhas mais novas colônias de Uruçu, enxames jovens mas com população bastante ativa. Essa é uma espécie muito fácil de multiplicar, mas mesmo bastante populosa e produtiva, é muito frágil quando em colônias em desenvolvimento aos forídeos.



Não é por acaso que a isca para forídeos feita com saleiro é arma sempre a postos para ajudar. Essa é uma dica que dou, o saleiro de cozinha pode facilmente ser usado para iscas, pois os furos são ideais para entrada dessa praga. O seu uso é curto, pois logo as uruçus crescem e ficam prontas para a continuidade da vida.



De todos os enxames inspecionados esse último foi o mais populoso. Mesmo não vendo a postura por causa da cobertura de cerume feito pelas abelhas ao redor do ninho tenho certeza que já temos uma ótima rainha em desenvolvimento. Todas essas estarão dentro de mais algumas semanas prontas para continuar a perpetuação da espécie sem meus cuidados semanais, bastando apenas uma revisão mensal.





Mossoró-RN, em 2 de abril de 2011.

att,



Kalhil Pereira França

Meliponário do Sertão

Dia de Manejo e Revisão

Mais tarde tem postagem nova!!!

Maturação do Mel das Abelhas Nativas

Segue abaixo, interessante resumo de um trabalho sobre processo de maturação do mel das abelhas sem ferrão, a íntegra pode ser acessada no link: http://www.xibla.com.br/PDF/Murilo%20Drummond'.pdf


Maturação do mel de abelhas nativas sem ferrão: novo panorama de consumo no mercado gastronômico Drummond, M.S

Universidade Federal do Maranhão/Departamento de Biologia, Av. dos Portugueses, Campus do Bacanga, 65.0066-300, Tel: (98) 3301-8543; murilosd@uol.com.br.

Resumo: O mel das abelhas nativas sem ferrão (ou natmel) vem crescentemente despertando interesse no mercado consumidor, apesar da barreira que dificulta a sua comercialização em função do seu alto teor de água, o qual torna o produto instável em prateleira. Uma tecnologia de conservação desse tipo de mel, denominada de maturação, vem sendo experimentada há 9 anos em 19 comunidades rurais do nordeste do Maranhão, Brasil. As análises físico-químicas e microbiológicas, que vem sendo realizadas periodicamente, vem atestando a eficácia do processo. Teste de aceitação do consumidor em feiras e mercados tem mostrado que o produto vem conquistando cada vez mais adeptos da linha gastronômica. Embora o processo valoriza a agricultura familiar, um protótipo de maturação industrial está sendo desenvolvido para atender a demanda cada vez mais crescente para este tipo de mel.

Palavras-chave: Abelhas nativas sem ferrão, conservação do mel, tecnologia de maturação, gastronomia, Maranhão.

Time fora é nosso!!!





Um jogo cheio de reviravoltas, problemas e que terminou com muita confusão após o apito final no Serra Dourada. O Goiás arrancou um empate por 2 a 2 diante do Vila Nova e, como havia vencido a primeira partida da semifinal, por 1 a 0, garantiu vaga na decisão do Campeonato Goiano contra o Atlético-GO, em dois jogos, a partir do próximo fim de semana.

O Goiás começou melhor que o Vila e abriu o placar aos sete minutos. Oziel cobrou arremesso lateral na área, Guto caiu pedindo pênalti, e a bola sobrou para Felipe Amorim marcar com um chute certeiro. O Vila mostrava poder de reação, mas não concluía a gol até o momento da paralisação.

Por volta dos 29 minutos, o árbitro pernambucano Nielson Nogueira Dias interrompeu a partida porque um dos ângulos da trave defendida pelo goleiro esmeraldino Pedro Henrique foi ocupada por um enxame de abelhas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para resolver o problema e utilizou um extintor de incêndio com óleo diesel, além de fogo numa vassoura, para espantar os insetos. Após 20 minutos de paralisação, a bola voltou a rolar...







Nota do Meliponário do Sertão: Porque não chamaram um apicultor??? Tão fácil tirar aquele enxame do lugar. Jogar oléo combustível poderia ter provocado um acidente!