Nada mais prazeroso para um meliponicultor do que a constatação do nascimento de uma nova colônia pelo seu processo de divisão. Todo o manejo com as abelhas sem ferrão, por mais prazeroso que possa ser, não se compara com a inspeção de desenvolvimento. Principalmente quando constatamos que as nossas divisões vão muito bem.
A multiplicação natural é ato da natureza e quando conseguimos realizá-la é muito gratificante pois assim estamos a contribuir com a preservação e continuação das abelhas sem ferrão.
Essa espécie, devido a grande população, tem manejo muito simples. Praticamente o que precisam é um espaço mínimo para sua enxameação. Eu tenho apenas 4 enxames dessa espécie e todos eles são oriundos de uma única matriz. Consegui fazer 3 enxames apenas doando campeiras, o que me indica que essa espécie aceita com grande facilidade novas princesas.
A única coisa complicada com essas meninas é a sua defensividade, elas não brincam em serviço. As várias batedoras na entrada, que por sinal é muito peculiar das scaptotrigonas, iniciam o processo de defesa enrrolando nos cabelos assim que me aproximo. Só eu sei a dificuldade que dá pra tirar uma foto dessas.
Não demorei com as Cupiras pois um fato bastante típico do inverno me chamou logo atenção, são as entradas de algumas caixas de Jandaíra que quando da chegada do inverno passam a enfeitar a entrada da caixa com várias raias de entrada.
Esse é o típico sinal de colônia muito forte, pois esses lindos detalhes só são produzidos quando a mão de obra é farta e há disposição para algumas obras exuberantes. O belo inverno desse ano tem proporcionado aos enxames uma explosão de produtividade, mesmo lidando tanto tempo com essas abelhas nunca tinha visto uma produtividade tão alta.
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