Muita gente não sabe, mas entre as abelhas sem ferrão há uma espécie muito bonita que nidifica no chão. A uruçu-do-chão ou mandaçaia-do-chão (melipona quinquefasciata lepeletier) é uma abelha sem ferrão, nativa do Brasil, que se caracteriza por nidificar no solo.
Raríssima, vem a cada dia sucumbindo devido a diversos fatores, principalmente pelo desmatamento indiscriminado, do uso abusivo de produtos químicos na agricultura e avanço do homem em regiões de mata virgem. Seu nome (quinquefasciata) vem exatamente da presença das 5 listras presentes no seu abdomem. Essa é uma abelha que tem a coloração bastante peculiar, a pigmentação das listras nos confunde muito, é a chamada furta-cor, pois não dá pra definir com certeza qual é realmente sua cor, é verde ou amarelo?
Muitos pesquisadores acreditavam que essa abelha só era encontrada naturalmente apenas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Todavia, pesquisas recentes mostraram a ocorrência da uruçu-de-chão no Estado do Ceará, sendo este o primeiro registro dessa espécie para o Nordeste do Brasil (LIMA-VERDE & FREITAS, 2002).
As novas descorbertas tem estimulado muitos meliponicultores a estudarem uma forma de mantê-las em caixas de madeira (sob o solo ou bem próximo a ele), tendo em vista a dependência dessa abelha com o solo. Isso se deve ao fato que esse inseto é extremamente sensível a variações de temperatura, necessitando muito de proteção. Há relatos da captura da Uruçu-de-chão a mais de 3 metros de profundidade.
O meliponicultor Dr. Francisco das Chagas vem conseguindo, após muitos esforços, manejar essa espécie com certo sucesso em caixas de madeira com algumas adaptações importantes. Uma delas é a criação de um tubo de entrada bem longo, na casa dos 70 cm, pois foi percebido por ele a grande fragilidade que essa abelha tem ao ser atacada por forídeos.
Hoje tenho apenas um exemplar dessa raríssima abelha que me foi dada de presente do meu Prezado amigo Chagas. Pensei que fosse perdê-la assim que chegaram, pois inventei de colocar a caixa próxima das uruçus amarelas o que gerou muita briga. Mas após perceber a besteira que tinha feito isolei o enxame em local protegido e venho observando uma ótima recuperação. Pela manhã sempre chegam bem carregadas de muito pólen, fato esse que me traz muita expectativa por um futuro promissor dessa espécie. Ainda é muito cedo pra falar mas acho que conseguirei mantê-las aqui com algum esforço.
att,
Mossoró-RN, em 04 de agosto de 2011.
Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão
Eu tenho uma abelha dessa em meu meliponario em brumadinho mg!!! Mas peguei essa rarissima e linda especie na natuteza, sua casa estava a 3mts de profundide! A sua colmeia foi retirada intacta sem ser necessario nem a retirada do mel, para passar para a caixa racional!!! Obs: a caixa foi inventada por mim msm sendo 2 caixa uma menor doque a outra 20cm enchendo d terra o espaco q sobrou para nao ter uma queda brusca d tempetatura!!! Si quixer mais informacoes meu email e igornatanael71@gmail.com
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