Faz tempo que estou sumido né! Na verdade estou de férias e não tenho tido muito tempo para o blog, mas antes de viajar a Tibau-RN para passar alguns dias na praia junto com a família, realizei algumas divisões na semana passada.
Com o decorrer das chuvas desses últimos dias tive que retornar a Mossoró-RN para inspecionar as colônias que tinham sido dividas. Acontece que a chuva forte tem molhado alguns cortiços que estão exposto ao sol e vim para inspecioná-los, bem como alimentá-los.
Enxames novos não tem a capacidade plena de produção e precisam da ajuda do meliponicultor no início da formação, daí a inspeção se torna necessário, principalmente em épocas de chuvas.
Eu fiz 12 divisões, mas só tive tempo para inspecionar 6, ao iniciar abertura fiquei feliz pois não encontrei forídeos, não vi abelhas mortas (sinal de luta) e em todas vi a formação do inicial do túnel de entrada, a primeira defesa das abelhas.
Fui abrindo as caixas e vendo o início da postura, sinal que já temos uma eleita, principalmente quando a postura é tão regular como a de cima. Essa caixa por sinal é a que tem a maior quantidade de campeiras adultas, só eu sei o trabalho que dá pra tirar essas fotos com caixas assim pois nessa fase as abelhas estão muito agressivas e se irritando com facilidade.
Nessa outra as coisas também vão muito bem, mesmo sem sinal de postura inicial podemos observar um bom desenvolvimento, há uma boa quantidade de potes de alimento em tão pouco tempo.
Nessa caixa a quatidade campeiras era bem menor, acho que a maioria das campeiras foi absorvida por uma caixa vizinha que também foi divida. Talvez esse enxame demore mais pra se desenvolver, mesmo assim tudo vai bem, já há até potes lacrado de polén.
Na seguinte podemos observar a ótima qualidade das campeiras que foram doadas, são muitas, muito acima do normal até mesmo para um enxame grande. Imaginem a quantidade e qualidade dos discos da caixa matriz, na verdade não é uma caixa, essa divisão veio de um tronco muito bonito que em breve será situado. Um coisa muito interessante é que a Jandaíra não faz envólucro nos discos de cria, mas o "frio" dos últimos dias fez as abelhas desenvolverem uma significativa camada isolante, sinal que essas abelhas tem boa capacidade adaptativa. Não é a toa que tem Jandaíra sendo criadas até no Rio Grande do Sul, que me diga o meu amigo Oderno lá de Lajeado que mais de ano vem mantendo a matrizes que lhe mandei.
Em todas as caixas podemos perceber um ótimo desenvolvimento, nem foi preciso usar iscas para forídeos, aliáis, isso é algo que nos últimos tempos não tenho tido problemas, raramente tenho vistos por aqui.
Na última caixa podemos verificar o início de uma ótima postura, não vi a rainha pois não quis me demorar na abertura das caixas, mas tenho certeza que ela já está por ali, por fim é só manter os cuidados e alimentação rica em proteína que em pouco menos de 6 meses todas elas ficarão assim, iguais a essa colônia abaixo, uma de nossas melhores matrizes.
Mossoró-RN, em 24 de janeiro de 2011.
Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão
Show hein kalhil!!
ResponderExcluirAqui as meninas estão se recuperando bem da longa viagem. Estou alimentando sempre que posso (2 a 3 vezes por semana) com um mini bebedouro de passaros que consegui colocar dentro da caixa com um tela na boca para que elas não entrem.
Com o frio aqui em São José - SC as minhas também fizeram um invólucro bastante espesso em volta do ninho. Ambas já tem o túnel de entrada bem desenvolvido.
Uma coisa me assustou, vi uma mosquinha dentro da caixa ... não sei se entrou quando eu abri ou se já estava lá dentro. Fiz uma isca para forídeos como vi no abena e vou ver se cai alguma coisa.
No mais parabéns pelo seu trabalho e obrigado pelas excelentes abelhas enviadas.
abraço
Jonas
Jonas, mantenha a alimentação pois como as melgueiras são enviadas quase que secas, elas não tem alimento suficiente para se manterem sozinhas, no mais estou a sua disposição.
ResponderExcluirMantenha a atenção nessa mosquinha que entrou, ela é forídeo e se não controlada pode destruir suas colônias.
att,
Kalhil
Olá Kalhil. Realmente agora na época chuvosa as jandaíras ficam alvoroçadas, e no mês de março, devido à grande postura e consequente povoamento nas colônias durante o inverno, temos um movimento tal de campeiras regressando ao final da tarde que só é possível de ver nessa época do ano.
ResponderExcluirOlha, essa postagens estão demais. Quem conhece o trato acaba por recordar desses momentos de divisão de colônias, e quem não conhece acaba por aprender a manusear a criação. Parabéns pelas fotos.
Estou na última semana de férias, e não deu para voltar por Natal e Mossoró como havia planejado, pois voltei pela BR-116. Mas com certeza da próxima vez que for para essas bandas vou visitá-lo e também ao seu amigo Paulo Menezes. Um abraço. Fco. Mello
Mas que pena meu amigo, estava esperando por você, mas tudo bem, fica para uma próxima vez.
ResponderExcluirEstamos sempre aqui de portas abertas para o amigo.
att,
Kalhil