Não demora muito e eles aparecem as dezenas... as vezes até as centenas...
São os machos, como tenho uma grande concentração de caixas aqui, acabam sempre fazendo esses montinhos nos beirais da minha casa ou mesmo nas prateleiras de apoio das caixas. Passam horas aí, parados sem fazer nada, são realmente um bando de boêmios, não trabalham, no máximo fazem algum esforço para a sua própria subsistência, mas fazer o que? Mesmo sendo assim, improdutivos, tem o seu papel fundamental na natureza, sem eles não há a continuação da espécie.
Passam o dia perambulando de caixa em caixa, ou mesmo de tronco em tronco, sempre atrás de algumas gotinhas de mel ou mesmo, se aportunidade surgir, fazer alguma moça virgem feliz...
Na verdade, nessa época de seca eles são sempre mal vistos pelas operárias, elas os expulsam das colônias pois, como nós sabemos, não realizam nenhuma atividade laborativa, sendo mais um peso morto para as abelhas carregarem. E isso nessa época é complicado porque mesmo eu fazendo a alimentação artificial as abelhas instintivamente percebem a baixa florada passam a rejeitá-los.
Como já dizia o Monsenhor Huberto, é a lei da natureza, nunca mais família do que pão!!! A regra da providência e previdência. Sempre tudo de acordo com a vontade da natureza. Quem vê essa vigilante a posto na entrada de sua casa nem imagina que, mesmo distante, ela está só espiando aqueles rapazes lá embaixo e pensando assim:
-Se eles vinherem aqui atrás de comida eu meto a "mãozada" na cada deles, se brincar sou capaz de sentar o beliscão no pé "duvido" até cair a última catota de cera...(o bichinha braba da "mulestia"!!!!!!!!!!!!!!!!!!)
att,
Mossoró-RN, em 28 de agosto de 2010
Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão
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