terça-feira, 26 de maio de 2009
O inimigo nº 1 da Jandaíra
É sempre necessário para todo meliponicultor a realização de inspeções periódicas, devemos sempre está observando nossas colônias, meliponicultor atento é meliponicultor sem prejuízos.
Uma das razões dessa preocupação são os forídeos, os forídeos são conhecidos entre nós criadores de ASF como os inimigos número 01 de nossas abelhinhas, algumas espécies são muito fracas contra esse tipo de praga, as borás por exemplo são muito sensíveis aos ataques de forídeos e sucumbem com facilidade, já a Jataí é bem mais resistente e consegue se defender bem contra a entrada dessas mosquinhas nas colônias.
A Jandaíra não escapa dessa praga e também sofre com os forídeos.
O fórideo, é essa mosquinha da foto acima, ela é bem pequena, um pouco maior que o tamanho da cabeça de um alfinete, na foto acima ela está bem ampliada para observarmos melhor. Os forídeos são insetos que pertencem à ordem dos dipteros. Há diversos gêneros de forídeos que podem freqüentar as colônias de Meliponíneos.
Essa mosquinha é atraída pelo cheiro de potes de pólen rompidos, discos de cria jovens destruídos durante o manejo ou mesmo restos de muita sujeira nas lixeiras das colônias.
Quando consegue entrar dentro da caixa em pouco tempo produz um estrago imenso caso não seja combatida a tempo, em alguns dias de instalada, começa a por ovos de forma desenfreada, esses ovos eclodem em poucos dias e passam a se multiplicarem alimentando-se do polén, do alimento larval das crias novas e até das próprias crias.
Para combater esse inseto é primeiro necessário aprender a prevenir. A prevenção nada mais é do que a utilização do manejo correto das colônias (divisão somente de enxame forte, vedar bem as caixas após as aberturas, manipular com cuidado os discos de cria mais jovens), em fim, a utilização das técnicas corretas de manejo ajudam e muito para evitar o ataque dos forídeos.
Mas mesmo assim, podemos algumas vezes encontrar colônias atacadas por forídeos, mesmo colônias forte podem apresentá-los, mas isso é mais raro, geralmente as mais fracas é que são mais sucetíveis.
Quando isso acontecer, podemos fazer o seguinte:
1) Se a infestação for pouca, de 1 - 5 forídeos, colocamos iscas para capturá-los, a isca nada mais é que um potinho pequeno com um ou dois furos pequenos (que só passam os forídeos) e dentro do potinho colocamos vinagre sabor de maça, tem que ser com esse sabor pois ele é mais atrativo aos forídeos, em pouco tempo eles são capturados e morrem afogados dentro do vinagre. Devemos todos os dias abrir a caixa e trocar as iscas até acabarmos com todos. Mesmo após o desaparecimento de todos devemos no decorrer da semana dar mais atenção a esse enxame pois pode ter ficado algum ovo por nascer, e caso ele não seja destruído ou capturado após nascer com as iscas recomeçará a insfestação.
2) Se a infestação for muita, superior a 5 e apresentando uma infestação de ovos muito grande, devemos tomar outras medidas mais sérias. Nesse caso devemos trocar toda a caixa. O procedimento é o seguinte:
a) levamos a colônia para outro lugar um pouco afastada do melipónario, abrimos a caixa e com cuidado transferimos os discos de cria mais velho a rainha e as abelhas novas que não sabem voar. O meliponicultor tem que ficar atento para não levar junto com os discos e as lamelas de cerume algum ovo do forídeo, eles são muito pequenos, só mesmo olhos muito atentos para encontrá-los;
b) não transplantamos os potes de alimento pois com certeza estaram com muitos ovos, deixamos isso para mais tarde;
c) em seguida colocamos duas ou três iscas dentro da caixa e fora (como na foto acima), perto da entrada e um pouco de xapore para substituir os potes retirados;
d) fechamos a caixa nova e a lacramos com fita adesiva para evitar brechas, depois colocamos as caixa nova no lugar da velha para que as abelhas que ficaram fora voltem para a nova morada.
Pronto, no decorrer dos dias vá substituindo as iscas por outras novas para combater algum outro forídeo que voltar a entrar ou mesmo que tenha nascido de algum ovo perdido entre os discos.
Os cerume dos potes pode ser reaproveitado, mas precisamos antes esvaziar todos os potes de mel e pólem, raspar os ovos a vista e depois derreter a cera em banho maria com algumas colheres de óleo vegetal (de cozinhar mesmo) e na mesma proporção com a cera de apis. ainda quente é só jogar sobre alguma superfície lisa, deixar esfriar e raspar, pronto, o aquecimento mata todos os ovos que não foram vistos e ainda por cima pode, aos poucos, ser novamente doada a colônia.
Att,
Kalhil Pereira França
Mossoró-RN
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A abelha Mamangava
Essa bela foto acima é de uma abelha muito conhecida, a abelha mamangava, extremamente mansa, não possui comportamento agressivo, mas pode picar quando infernizada por alguém, seu ferrão por sinal é um dos maiores entre as abelhas solitárias e é muito poderoso, a picada é muito dolorosa.
Mas repito, ela é mansa e não costuma ferroar a não se quando se toca nela. A dor da picada, apesar de intensa, é de curta duração. A presença de mamangavas em um pomar é prenúncio de muitos saborosos frutos. Ela é fundamental para a produção de maracujás. Uma planta de maracujá, quando visitada por mamangavas, produz mais e seus frutos ficam mais saborosos.
Isso se deve ao fato que essa abelha, no decorrer de suas história evolutiva, se adaptou e se especializou na polinização de algumas espécies, entre elas está o maracujá.
O mel da mamangava não é de boa qualidade. Ela faz seu ninho em buracos nos barrancos e pequenos ocos de árvore, podem ser facilmente encontradas nas zonas rurais da Caatinga.
Mamangava é o nome mais utilizado e vem da língua tupi (mamã´gab) mas também é chamada de abelhão ou vespa-de-rodeio pois demora para pousar nas flores, fica rodeando...
Quem quiser saber mais, pode ler o livro "A criação racional de abelhas mamangavas" ou pode acessar o link da ACAPAME: www.apacame.org.br/mensagemdoce/80/abelhas3.htm
domingo, 24 de maio de 2009
Fim de semana de práticas melipônicas
Olá amigos,
Esse fim de semana foi dia de revisão, divisão e alimentação no Meliponário do Sertão urbano, como sempre faço nos finais de semana, inspecionei as colónias mais jovens que foram recentemente criadas e fiz o reforço com o nosso conhecido xarope em todas a caixas, como sempre utilizando o alimentador externo de guerra de sempre, dois pratos de mesa cheios de palitos e cordas para ninguem morrer afogada.
No domingo realizarei mais três divisões, duas colónias serão levadas para a zona rural assim que estiverem em condições de se manterem sozinhas, a outra ficará por aqui mesmo para servir de matriz para outras divisões.
Na foto de cima podemos ver algumas abelhas buscando xarope na alimentador, no fundo podemos vê uma prateleira com 20 colónias de Jandaíra, na minha casa existem mais 4 como essas espalhadas por todos os cantos da casa.
A foto abaixo foi a caixa que foi utilizada para a divisão, observem o último disco de cria de baixo, ele é o ideal para realizar uma divisão pois já existe abelhas nascendo e dessas novas logo logo nascerá uma princesa que será fecundada, formando assim uma nova rainha para a colónia recém criada.
A todos uma ótima semana.
Kalhil Pereira França
Mossoró-RN
sexta-feira, 22 de maio de 2009
A vida de uma abelhas solitária
Depto. Ecologia, Universidade de São Paulo
isabelha@usp.br
Artigo publicado na Revista Ciência Hoje n.179 (jan/2002)
Estima-se que no mundo existam mais de 20 mil espécies de abelhas. O Brasil, devido a suas proporções continentais e riqueza de ecossistemas, pode ser considerado privilegiado neste aspecto, pois abriga cerca de ¼ destas espécies (ca. 5000).
Contudo, infelizmente, a abelha mais conhecida entre os brasileiros é a abelha européia (Apis mellifera), que na verdade não é nativa do Brasil. Esta espécie foi introduzida no período colonial para fins de apicultura. Atualmente é a espécie mais abundante em nossos ambientes (até mesmo urbanos), fazendo nos esquecer que possuímos uma fauna de abelhas nativa rica e diversa. Só no Estado de São Paulo foram listadas 729 espécies e no Rio Grande do Sul mais de 500 espécies são conhecidas. Segundo levantamentos feitos em diferentes regiões do Brasil, até hoje temos mais de 2 mil espécies de abelhas catalogadas.
Uma ampla diversidade de formas, tamanhos e cores caracteriza a nossa apifauna. Existem espécies com tons verdes, azuis e roxos metálicas, que geralmente são confundidas com moscas varejeiras. Algumas abelhas são bem ornamentadas com listas e manchas pelo corpo, e outras possuem cores lisas ou brilhantes de várias tonalidades entre negro e amarelo. Existem abelhas que chegam a medir mais de 5 centímetros e outras muito pequenas com pouco mais de 2 milímetros, que geralmente também são confundidas com outros grupos de insetos.
De solitário a social
Entre as abelhas existem diferentes modos de vida, denominados graus de sociabilidade. Os dois extremos são: as espécies de vida solitária e aquelas de vida totalmente social (eusociais). Entre estes extremos existem categorias como: subsociais, parasociais, ou quasesociais, que se diferenciam pela presença e domínio de uma rainha. Algumas espécies solitárias podem construir seus ninhos agregados, o que poderíamos comparar aos nossos "condomínios" onde vários ninhos da mesma espécie estão dispostos no mesmo local. Cada ninho possui a sua "dona" e cada abelha, ou melhor, cada fêmea cuida do seu próprio ninho. Abelhas altamente sociais -ou eusociais- formam colônias numerosas, perenes e com alto grau de organização interna. No Brasil este é o caso das abelhas sem ferrão -Meliponíneos, popularmente conhecidas como jataí, uruçu, mandaçaia, guaraipo, mirim, etc. Estas espécies são bem conhecidas pelos índios e pessoas que vivem no campo.
Ciclo das espécies solitárias
A fêmea de abelha solitária deve cuidar de seu ninho sozinha. Durante sua vida estão incluídas as seguintes tarefas: procurar o local para o ninho, construi-lo, colocar os ovos, buscar alimento para a cria e defender o ninho quando necessário.A fêmea ao nascer será imediatamente fecundada e, em seguida, começará a busca por um local adequado para nidificar. Este local pode ser um tronco de madeira, uma área exposta de solo ou barranco, fendas em muros, ou ainda orifícios pré-existentes em outro tipo de substrato, como um buraco de fechadura, canos, tijolos, etc. Em muitas espécies as fêmeas procuram um lugar próximo ao local de seu nascimento, o que chamamos de reutilização do ninho parental. Isso é comum para as espécies que formam agregações ("condomínios"). Ao achar um local adequado, a fêmea inicia a construção do ninho. Escava a cavidade adequadamente e sai para coletar material para o revestimento interno. O material de construção, que varia entre as espécies, pode ser: areia, terra, barro, pedaços de folhas ou restos vegetais, óleo floral, resina, entre outrosAo trazer tais materiais para dentro da cavidade, a fêmea manuseia-os formando o que chamamos de célula, ou seja, o espaço (a unidade) onde sua prole se desenvolverá. Um ninho é composto por várias células. Cada célula será revestida com o material de construção e preenchida com alimento, que geralmente é constituído por pólen misturado com néctar. A fêmea coloca um ovo em cada célula. Quando fechar esta célula, logo começará a construir a próxima. Estas etapas se repetem tantas vezes quanto forem o número de células.
Em geral uma abelha solitária constrói entre 6-15 células. Isto pode levar algumas semanas (entre 3-6 semanas). Após este período a fêmea morre.
O desenvolvimento da prole
O ovo colocado pela fêmea logo se transformará em uma pequena larva. Esta larva passa então a ingerir o alimento que está ao seu redor. A larva come sem parar e cresce rapidamente, passando por algumas mudas, que chamamos de estágios larvais (geralmente sofre 4 a 5 mudas). Após consumir todo o alimento que sua mãe deixou dentro da célula, a larva madura ocupa a maior parte do espaço interno da célula. Neste momento também encontramos dentro das células grande quantidade de fezes que a larva defecou. Neste estágio a larva de algumas espécies pode tecer um casulo ao seu redor, chamado de "cocoon". O último passo do desenvolvimento é a pupa, que é o estágio intermediário entre a larva e a forma definitiva do inseto. Quando chega próximo ao período de eclosão, a larva madura se transformará em uma pupa e completará sua metamorfose. Dos ninhos saem então as abelhas já adultas, que iniciam imediatamente um novo ciclo da espécie. Todas as etapas serão repetidas pelos novos indivíduos.
O tempo total de desenvolvimento varia de espécie para espécie e depende também de fatores climáticos, da região de ocorrência da espécie e do número de gerações que a espécie produz em um ano.
Vista interna de um ninho de abelha solitária (Tetrapedia) construído em um tubo de papel e composto por 6 células. As células são divididas por uma camada de areia e óleo. A massa amarela são os grãos de pólen coletados pela fêmea e que servirão de alimento para a larva.
Fases do desenvolvimento: ovo (1.) e larva jovem (2.) no meio da massa de pólen, larva madura (3.) após ter consumido toda a provisão de alimento e por fim a pupa (4.) com certa pigmentação.
Número de gerações
Muitas das espécies solitárias são univoltinas, isto significa que possuem apenas uma geração por ano. Isto é comum para as espécies que ocorrem em regiões de clima subtropical ou temperado, onde as estações do ano são bem marcadas. Assim, aquela espécie ocorre em um período bem definido do ano. No sul do Brasil por exemplo, onde o inverno é rigoroso, a maioria das espécies de abelhas nasce quando a temperatura começa a subir. Nos meses de primavera há um "boom" de nascimento de abelhas. Muitas delas foram produzidas na primavera anterior e agora, após um ano, estão emergindo para formar a próxima geração. Permaneceram por muitos meses dentro da célula a espera da melhor época para nascer. Isto significa que houve um período em que o desenvolvimento estacionou. Este período, que pode durar até 10 meses, chamamos de diapausa e geralmente ocorre no último estágio larval. A larva madura permanece imóvel, aparentando estar morta.
Outras espécies possuem 2 gerações (bivoltinas). Por exemplo, fêmeas que nasceram em novembro estarão ativas e construindo suas células por algumas semanas. A cria referente a estas fêmeas eclodem em fevereiro e iniciam imediatamente um novo ciclo. Porém, a cria desta segunda geração permanecerá em diapausa por alguns meses (outono e inverno) e sua prole eclodirá apenas em novembro. Portanto, espécies bivoltinas possuem 2 gerações durante o ano, por exemplo uma em novembro e outra em fevereiro. Além da temperatura, o ciclo das chuvas também é um fator que pode influenciar o número de gerações por ano de uma dada espécie de abelha. De um modo geral podemos dizer que a primavera é o período com maior número de espécies de abelhas em atividade, o auge da ocorrência das abelhas! Não é por acaso que isso coincide com o período de floração intenso de diversas espécies vegetais, já que as abelhas são totalmente dependentes das flores para sua sobrevivência.
Os Machos das abelhas solitárias
Geralmente, os machos possuem um período de desenvolvimento mais curto e nascem alguns dias antes das fêmeas. Logo após seu nascimento estão prontos para cópula. Esperam a eclosão das fêmeas virgens no local dos ninhos, ou as aguardam nas flores. Este comportamento é denominado de patrulha, que nada mais é do que a procura e espera por fêmeas para cópula. Sendo assim, é comum observar numerosos machos voando avidamente ao redor do local dos ninhos ou nas fontes de alimento preferido das fêmeas. Os machos visitam as flores para tomar néctar e depois patrulham sobre as plantas ou sentam na folhagem aguardando a chegada da fêmea.
Machos de abelhas solitárias geralmente não voltam para o ninho para dormir. No meio da tarde, quando não há mais fêmeas virgens para nascer, os machos precisam procurar um lugar para passar a noite. Machos de algumas espécies se agregam e dormem pendurados na folhagem próximo ao ninho ou à planta. Machos de outras espécies procuram um local mais ''aconchegante" e dormem dentro de flores. Geralmente são flores que fecham a noite e reabrem no dia seguinte (por exemplo flores de cactos, petunia, etc). Os machos chegam nestas flores no final da tarde, antes de seu fechamento, se acomodam entre os estames ou no fundo da flor e ficam lá até a flor abrir no outro dia.
Os "inimigos" das abelhas solitárias
Os inimigos naturais das abelhas são muitos e variados, indo desde outras espécies de abelhas até o homem que destrói seus habitats naturais ou retira as fontes florais de que elas tanto dependem.
Nas abelhas solitárias é muito comum a ação de parasitas nos ninhos. Estes parasitas podem ser outras espécies de abelhas, vespas, formiga feiticeira, moscas, entre outros. A estratégia mais comum destes parasitas consiste em invadir o ninho enquanto sua "dona" está ausente. Eles rondam os locais dos ninhos, esperam a fêmea sair para coletar e entram no ninho. Então, colocam seu ovo dentro da célula que já está preparada para a cria da hospedeira. Algumas espécies de parasitas destroem o ovo da hospedeira e outras apenas colocam o ovo e saem. Neste último caso, o ovo se desenvolverá rapidamente e a larva do parasita (com poderosas mandíbulas) é quem destruirá o ovo ou a jovem larva da hospedeira. A larva do parasita passa então a se alimentar do pólen e completa seu desenvolvimento normalmente dentro da célula. Estes parasitas são chamados cleptoparasitas.
Importância das abelhas
As abelhas são muito mais importantes do que parecem. O seu papel ecológico é fundamental na manutenção da diversidade de espécies vegetais. As 20 mil espécies de abelhas que estima-se existir no globo, são essenciais para a reprodução sexual das plantas. Durante suas visitas às flores, as abelhas transferem o pólen de uma flor para outra, promovendo o que chamamos de polinização cruzada, ou seja neste momento ocorre a troca de gametas entre as plantas. Uma boa polinização garante a variabilidade genética dos vegetais e a formação de bons frutos.
Deste modo, as abelhas também são importantes para as plantas cultivadas que dependem de agentes polinizadores. Portanto, as abelhas são indiretamente responsáveis pela produção de alimentos: frutas, legumes e grãos.
Como dito no início, a diversidade de abelhas no Brasil é grande. Porém, pouco conhecemos sobre a vida da maioria destas espécies. Mas como toda unidade biológica, cada espécie de abelha tem seu papel na comunidade, mesmo que este ainda não esteja avaliado. Portanto, as abelhas devem ser preservadas, bem como o ambiente em que vivem e dependem para completar seus ciclos de vida.
Note o estigma (parte feminina da flor) encostando na fronte da abelha (Centris) durante visita à flor.
(informações copiadas do síte da USP: http://eco.ib.usp.br/beelab/solitarias.htm) com alterações.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
A importância da alimentação artificial
O alimento artificial que usamos e que é muito bem aceito por quase todas as espécies, atualmente é o seguinte:
Fervemos a água e adcionamos o açúcar, depois de formado o xarope acresentamos as folhas da erva cidreira ou capim santo, depois de esfriar acresentamos o resto dos ingredientes.
(colocação de alimento articial dentro da caixa de Mandaçaia Quadri quadri, foto da internet)
(Mandaçaia se alimentando externamente em alimentador externo, foto nossa)
segunda-feira, 11 de maio de 2009
É nessa terra distante que é feito o mel do Sertão!!!!
Nesse fim de semana fui visitar meus queridos avós na zona rural de Taboleiro Grande-RN, é lá que está instalado um dos meus meliponários, os meliponários do Sertão.
O meu avó é essa figura ilustre em pé em meio as amadas Jandaíra, 89 anos de puro disposição, acorda todos os dias às 5:00 da manhã, adora vê o entre e sai das meninas nas caixas bem carregadas de polém.
É nessa terra tão distante e isolada, cercada de muitas matas e serras, que é produzido o mel de Jandaíra que tanto é apreciado pelos companheiros da AME-Rio.
Para se chegar no belo sítio precisei atrevessar dois braços de um forte rio (Rio Apodi) que corta as terras da propriedade, caminhar por 5 km por uma estrada com lama até a canela, o pior foi voltar por esse mesmo trecho carregando ainda esses dois bendidos cortiços de Jandaíra. O sofrimento.. ...
O pior ficou para minha tia que atravessou com os cortiços no colo de canoa sem saber nadar. O povo apaixonado por essas abelhas.
Aproveitando a viagem, fiz algumas inspeções e pude verificar a boa saúde dos enxames, alguns estão com muito mel, outros com muito pouco, mas no geral todas as colónias estão bem. Os forídeos estão me dando uma trégua.
Inclusive, de alguns levei umas boas surras e beliscadas, certa caixa foi me deixar bem longe, já perto do cercado das ovelhas.
Trouxe de volta a Mossoró-RN, após encher a pamsa com muita pamonha, milho verde e cangica, esses dois belos enxames que pretendia dividir.
As fotos dessa terra maravilhosa e desse povo feliz segue em anexo.
A todos uma ótima semana...
Kalhil Pereira França