Leiam a postagem e entenderão o contexto da frase...
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Conforme prometido na semana passada, fui visitar os meus novos amigos meliponicultores. Ao chegar na residência me deparei com o Francisco Júnior e com seu irmão (que devido ao nome diferente não consigo lembrar-me, rs), dois jovens bastante empolgados com a descoberta da meliponicultura.
Na verdade, a história não começa com os dois. Explico:
Os dois são filhos do Seu Francisco
Girolando, funcionário antigo da EMATER, que também é apicultor e meliponicultor. Para minha surpresa, Seu Francisco cria jandaíras há anos no local, é bem próximo a minha antiga residência, mas não pratica nenhum tipo de manejo, se limitando, como a grande maioria dos meliponicultores, apenas a coleta de mel em períodos de floração.
A recepção pelos dois foi bastante calorosa e percebi grande entusiamo. Como esperado me questionaram com inúmeras dúvidas, respondi todas no intuito de estimulá-los. Todavia, percebia Seu Francisco distante, bastante introspectivo, literalmente desconfiado de minhas respostas. Desconfiado é pouco, podemos dizer que ele estava bastante incomodado.
Talvez estivesse ele a pensar: O que sabes este rapaz que eu, nos meus longos anos de criação, não sei???
Os criadores tradicionais praticamente não realizam nenhum tipo de manejo. Normalmente perdem muitos enxames, como as colônias não são tratadas acabam perecendo em épocas de baixa floração, pois o mel que fora produzido para a subsistência das abelhas é quase todo coletado. Assim, no decorrer da seca, as abelhas acabam morrendo de fome, pois não são alimentadas.
Fora que, devido a falta de conhecimento, esses "antigos" criadores acreditam muitas vezes que abrir a colônia para inspeção é extremamente prejudicial. Para vocês terem ideia essas colônias estavam há 3 anos sem nenhuma inspeção.
Naturalmente, devido a falta de manejo, a grande maioria está muito fraca e precisando de alimentação. Ainda na semana passada os garotos seguiram minhas orientações de manejo, numeraram as caixas, prepararam fichas de acompanhamento e alimentaram as abelhas. Hoje, ao abrir novamente as caixas que tinham sido alimentadas, tiveram uma enorme surpresa em perceber a evolução na postura e a construção de novos potes de mel.
Foi nesse momento que Seu Francisco, irritado pela abertura "fora de época das colônias", percebeu que seu antigo conceito de não manejar, ou melhor, nem abrir as colônias pudesse está errado. Nesse momento Seu Francisco se tornou mais aberto as perguntas e me mostrou outras espécies que cria, sendo duas moças-branca (Friseomelitta doederleini) e duas Jatis (plebeia sp).
Depois disso nossa conversar ficou mais prazerosa e flui em ar mais amistoso. Pretendo futuramente levar os dois para conhecer nossos meliponários e repassar alguns outros conhecimentos essencias ao crescimento na atividade.
Fiquei de levar uma de minhas caixas para servir de base para construção de novas, pois as deles são antigas, com uso de pregos e muito baixas, o que impossibilita o uso de alimentadores interno. Estão se virando com copos descartáveis.
Quem sabe ainda ouviremos falar das Jandaíras desses dois jovens...( e do Seu Francisco Também, rss)
Mossoró-RN, em 20 de agosto de 2012.
Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão
Bom dia,
ResponderExcluirGostaria de pedir ajuda para combater os forídeos de uma coméia de jandaíra. Meu pai sempre possuiu alguns cortiços com jandaíra, mas nos últimos anos as abelhas desapareceram, restando a penas 4(quatro) cortiços. Recentemente confeccionei 2 cortiços e fiz a transferência de um cortiço para caixa racional, a coméia estáva infestada de forídeos. Mesmo retirando todo alimento de dentro da coméia não consigo acabar com os forídeos. Já fiz as iscas com vinagre de maçã, mas não está sendo sufuciente. Estou perdendo a esperança de recuperar a coméia, pois mesmo alimentando a colônia ela é muito fraca de besouro. Parece que a quantidade de abelhas não aumenta.Meu e-mail: manoeltargino@gmail.com Atenciosamente,
Manoel Targino
Olá, posso ajudá-lo, me envie fotos do enxame para seguinte e-mail: kalhil_p@yahoo.com.br, outra coisa, se caixa possui poucas abelhas feche a caixa com uma tela de metal, e só libere as abelhas quanto houver a mortalidade de todos os forídeos. Não se deve transferir a cera e potes de polén da caixa antiga, pois certamente está completamente repleta de ovos e o ciclo não acaba por que os ovos vão eclodir, iniciando a infestação.
ResponderExcluirMe mande as fotos...