Ontem estive a inspecionar minhas novas moradoras. Durante a visita ao nobre amigo Rivan Fernandes o mesmo separou algumas colônias de Uruçu Nordestina para que novamente eu pudesse iniciar minha criação. Tenho um carinho muito especial por essa espécie. São abelhas muito produtivas e que se bem manejadas podem ser facilmente multiplicadas.
Trouxe de Natal 11 colônias, a grande maioria são enxames que foram bastante manejados por Rivan e por isso estão com população e crias ainda muito pequenas.
Por esse motivo, estou dando um descanso as colônias no sentido que recuperar sua força, praticamente nenhuma das minhas caixas está em estado de divisão, mas são enxames estabilizados, com boa população e bom nível de postura.
As colônias possuem ótimas reservas de alimento, por esse motivo não tenho me preocupado com alimentação artificial, porém estou acompanhando as posturas, pois já percebi que algumas rainhas já se apresentam muito escuras, sinal de idade avançada.
Ao observar o ninho abaixo, especialmente a área das crias recém posta, percebi uma significativa destruição de crias, mas isso se deve certamente ao fato das colônias terem viajado mais de 300km, os balanços e pancadas na mala do carro devem ter provocado a morte dos ovos por afogamento no alimento larval.
Isso é tão perceptível, que ao visualizar esse outro enxame abaixo observamos que o ninho que está por baixo está virado, sinal que ele se desprendeu durante a viagem e emborcou. Percebam que as abelhas estão corrigindo esse problema criando um novo disco agora na posição certa.
Das 11 Colônias, apenas 2 estão com discos de cria em excelente desenvolvimento, quase chegando na tampa, percebi uma pequena falha na postura nesta colônia abaixo, porém nada significativo, são apenas 5 crias novas que foram destruídas, número irrelevante numa postura de quase 300 células de cria.
Enfim, mesmo com poucas crias, percebo que todos os enxames gozam de boa recuperação e de um bom ritmo de postura pelas rainhas, minha expectativa é que dentro de 90 dias eu já posso realizar a primeira divisão dessas novas matrizes.
Mas pra isso acontecer será preciso turbinar a alimentação proteica, pois não é o xarope que compõe o alimento larval fornecido as novas crias, mas muito pólen em forma de mingau.
Em breve postarei aqui novamente um receita à base de farinha de soja e mel para substituir o pólen natural no intuito de melhorar a alimentação das nossas queridas amigas sem ferrão.
att,
Mossoró/RN, em 19 de fevereiro de 2014
Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão
Sempre ajudando a galera com suas postagens aulas. É só ter olhos para ver !!! VALEU !
ResponderExcluirMedina
Meu querido Medina, satisfação grande em poder ajudar os amigos meliponicultores, você sabe que "perco" horas observando as abelhas para aprender e disseminar o conhecimento ganho.
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