terça-feira, 26 de abril de 2011

Martins-RN, um lugar pra se viver em paz.

Com a chegada do inverno no Nordeste do Brasil a paisagem se transforma de maneira surpreendente. Muitas pessoas tem uma falsa impressão que o bioma da caatinga é, em sua grande maioria, feio, pobre e sem vida, o que não é verdade.




Há lugares dessa região esquecida do país, em especial no meu querido Rio Grande do Norte, onde a mata e a beleza do horizonte contagiam os olhos na primeira oportunidade em todas as épocas do ano. São lugares pitorescos que a receptividade de seu povo aliado com uma paisagem de encher os olhos nos deixam com vontade de ficar.


Um desse lugares é pequena e charmosa cidade de Martins-RN, com pouco mais de 8 mil habitantes está localizada na região oeste do RN, situada entre serras, tem uma altitude de 750 metros e possui um dos climas mais agradáveis da região, com temperaturas entre 12ºC a 25ºC, Martins é sempre lugar agradável para momentos inesquecíveis e aconchegantes.



Por aqui ainda é possível encontrar os antigos engenhos de cana-de-açúcar, hoje mecanizados, produzindo doces dos mais variados sabores, bem como, as centenárias casas de farinha com charme pitoresco. Viver em Martins é ver o tempo passar sem pressa, sem destempero e agonia, a impressão que temos é que esse é um recanto mágico e foi desenhado literalmente pelas mãos do criador.



A cidade é conhecida como uma das mais pacatas do RN, por aqui o carnaval é proibido desde 2004 por lei municipal, tudo isso é pra manter o pequeno município como reduto dos que desejam paz e descanço. No mês de agosto a cidade fica bem movimentada com ótimos festivais gastronômicos, mesmo nesses períodos de "alta" movimentação a cidade guarda a sua cultura de tranquilidade.


Com uma beleza inesquecível, Martins possui diversos pontos turísticos, mas dois em especial guardam todo charme de seus encantos naturais, são os seus dois principais mirantes: o da carranca e o do canto.





O horizonte, além de belo, é de perder a vista. À noite é possível se avistar até 19 municípios do Estado, além disso, alguns bares e restaurantes tornam o momento ainda mais agradável. Esse é o ambiente pra gente levar aquele vinho e apreciá-lo sem pressa, de preferência em boa companhia.




Um dos meu projetos pessoais é morar, dentro de poucos anos, na cidade de Martins. Tudo em Martins é propício para manutenção de um número bastante diversificado de abelhas nativas. O seu clima, sua altitude, o seu bioma, tudo aqui lembra as abelhas. Outro fator decisivo é o fato de que mesmo nos períodos de maior estiagem existe uma flora quase que permanentemente verde.

Se Deus me permitir ainda veremos lindos Meliponários do Sertão numa das regiões mais bonitas do Rio Grande do Norte.

Mossoró-RN, em 26 de abril de 2011.


Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão




Obs: Todas as fotos dessa publicação foram tiradas da seguinte fonte:http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=461056

1º Encontro Abiratanense de Apicultura

É um evento apícola, mas haverá uma palestra sobre a importância das abelhas nativas. Vejam a programação!!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Prosperidade Volta a Reinar

Decisão acertadíssima foi a mudança emergencial de local do meliponário em Mossoró para Tibau/RN. O novo local vem proporcionando aos enxames uma ótima recuperação. A florada local não é tão exuberante nesse momento quanto a da caatinga, todavia a ausência do carro fumacê garante um bom crescimento sem perdas de campeiras.


Na verdade não há do que se reclamar, pois a florada do litoral, principalmente do coqueiro, é quase que contínua. Isso garante uma presença constante de pólen de ótima qualidade as abelhas.



Durante a minha visita nesse fim de semana pude constatar isso. Era fácil observar grande parte de minhas abelhas entre as flores nas mais variadas plantas. Inúmeras foram as Jandaíras que pude encontrar colhendo em abundância muito néctar e pólen.


Ao me aproximar de um belo pé de Velame encontrei essa Jandaíra com as corbículas lotadas. Passeava tranqüilamente colhendo com toda maestria algumas gotas do mais puro néctar do litoral do RN.



Antes de ir embora para sua casa se virou em minha direção e acenou com sua patinha como se quisesse agradecer pela estada no local. Devo confessar que essa foi uma das fotos mais bonitas que já tirei de uma Jandaíra na flor.




Não só as Jandaíra colhiam em abundância, muitas outras abelhas passeavam em busca de alimento, principalmente as africanizadas que são maioria aonde quer que fosse, mas o que me chamou muito atenção foi poder observar a grande quantidade de xilócopas e mamangavas na região. É praticamente impossível não percebermos a beleza do trabalho dessa última entre as flores, principalmente aquelas que só são polinizadas com eficiência por esse inseto.




Perceba que a estrutura dessas flores é desenhada unicamente para o trabalho do seu polinizador, somente uma abelha com o porte da mamangava é capaz de alcançar os estames fazendo o trabalho de polinização cruzada de maneira eficaz.

Após o passeio em busca das abelhas resolvi, em companhia do meu fiel escudeiro, realizar uma colheita de mel para atender alguns pedidos, as colônias ainda estão em processo de recuperação, mas mesmo assim não foi difícil colher 5kg de mel de Jandaíra de alguns poucos cortiços.





Ao abrir os enxames selecionados pude atestar a recuperação de minhas queridas meninas, nada é mais satisfatório do que ver novamente a beleza da postura de uma ótima rainha de Jandaíra, a quantidade de potes é crescente e em tamanho bem satisfatório. Não tenho dúvidas que logo logo terei as minhas matrizes novamente.

Difícil mesmo foi convencer o pequeno que as minhas costas não eram o lugar mais adequado para ele observar a minha coleta de mel. Sempre disposto a me ajudar (e também atrapalhar), o Alfredo, de apenas 4 anos, é admirador das abelhas sem ferrão e vêm, graças aos meus incentivos, ganhando muito gosto pela meliponicultura.







Adora mel de Jandaíra, sempre está me pedindo que abra algum cortiço para que ele possa saborear algum potinho de mel. Depois de muito pedidos deixei que ele colhesse um pouco de mel com bomba coletora. Terminou realizado e todo lambuzado de mel.




Segundo ele todas as abelhas que levei para Tibau/RN são, na verdade, agora propriedade dele. Bem, fazer o quê? O jeito agora é dividir os conhecimentos com o menino e fazer dele, num futuro não muito distante, um grande meliponicultor.

Att,

Mossoró-RN, em 19 de abril 2011.

Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão

terça-feira, 12 de abril de 2011

1º Curso de Capacitação em Meliponicultura (Mossoró/RN)

Os Meliponários do Sertão e Menezes, juntos em prol da meliponicultura do RN, estarão dentro de alguns dias iniciando as pré-inscrições para a participação dos interessados no 1º Curso de Capacitação de Meliponicultura a ser realizado na Cidade de Mossoró-RN.

Nosso objetivo, meu e de Paulo Menezes, é capacitarmos iniciantes na atividade no intuito de aumentarmos o número de criadores da região. Ainda essa semana nos reuniremos para traçar os detalhes do curso (número de vaga, local das aulas teóricas e práticas, disciplinas do curso, dias e horários, valor do curso etc).


Tenho certeza absoluta que esse projeto piloto vai gerar muitos frutos. Os futuros alunos terão informações preciosas adquiridas nos vários anos de manejo meu e do Paulo, apenas para ilustrar o segundo é discípulo direto de Padre Huberto e tem mais de 25 anos de experiência com a lida com as Jandaíras e diversas outras espécies de abelhas sem ferrão.


Juntos, somaremos esforços nesse projeto piloto que visa ampliar os horizontes da meliponicultura do RN, tenho certeza que muitos serão os interessados e nós teremos o prazer em ensinar a criar e amar uma das abelhas mais importantes do Nordeste Brasileiro.

Em poucos dias farei a divulgação oficial do curso, fiquem atentos, pois as vagas serão, infelizmente, limitadas.

att,

Mossoró-RN, em 12 abril de 2011.

Kalhil Pereira França

Meliponário do Sertão

Abelhas Sem Ferrão com Ocorrência no Amapá


Clique para ampliar!!!

A glândula de Dufour nas Abelhas Sem Ferrão

Recomendo a todos os meliponicultores a leitura do trabalho de pesquisa dos Profs. Fábio C. Abdalla e Carminda da Cruz-Landim, do Departamento de Biologia, Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP).


A pequisa é sobre a importância da glândula de Dufour nas abelhas sem ferrão. Para aqueles que não conhecem essa glândula ela tem papel fundamental para a reprodução das abelhas apis melifera (africanizadas). O trabalho é muito interessante, pois nos mostra que essa glândula, mesmo aparentemente existindo nas abelhas meliponas e trigonas, possuem um papel bem distinto.


O trabalho está na internet e sua leitura pode ser acessada no link abaixo:




att,

Mossoró-RN, em 12 de abril de 2011.

Kalhil Pereira França

Meliponário do Sertão

100.000 Acessos

Nesse fim de semana que passou chegamos a número de 100.000 visitas. Gostaria de agradecer a todos os nossos visitantes que sempre acompanham nosso blog, ele estará sempre à disposição de todos os meliponicultores do Brasil.


Vamos esperar agora pelo 1.000.000 de acessos, pois pelo rítmo de visitas diárias não vai demorar muito a chegar. Fico feliz com isso, pois quando começei esse blog a 3 anos atrás não tinha a pretenção de chegar com esse site onde ele hoje se encontra, um dos mais acessados do Brasil.


Estou um pouco sem tempo para minhas abelhas, mas esse fim de semana estarei no meliponário para fazer um manejo de algumas novas colônias, bem como fazer a primeira colheita de mel desse ano, pois os meus cortiços estão bem cheios de mel.


Estou bem surpreso com a qualidade da florada do litoral e mais surpreso ainda com algumas fotos que tirei no último fim de semana da Jandaíra fazendo visitas a flores que pensei que não fossem visitadas. Tenho certeza que todos vão se surpreender.


Estou indo a Natal/RN amanhã bem cedo, se alguém da região quiser enxames me avise ainda hoje que levo algumas colônias.


att,

Mossoró-RN, em 12 de abril de 2011.


Kalhil Pereira França

Meliponário do Sertão

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Futuro Manual de Meliponicultura para Jandaíra

No decorrer desses meus seis curtos anos de “descoberta” da meliponicultura e, principalmente, dos três anos de atividade no Blog do Meliponário do Sertão muitos foram os comentários que solicitavam, pelo conhecimento produzido, praticado e dedicado de nossa parte com as Jandaíras (melipona subnitida), a criação de alguma publicação de nossa autoria que ensinasse o prazeroso manejo com a Rainha do Sertão.

Durante muito tempo relutei, pois sempre me achei, mesmo praticando um manejo quase que diário, um grande aprendiz no mundo mágico das abelhas sem ferrão. Todavia, o estudo noturno dos rituais de postura realizados durante esses anos, o contato com inúmeros pesquisadores de renome nacional e internacional, a amizade fraterna com vários meliponicultores no Brasil e no exterior, a participação em eventos acadêmicos de meliponicultura, o incentivo dos meus vários alunos e alunas nos cursos de capacitação em meliponicultura realizados em várias regiões do Rio Grande do Norte e Ceará e, acima de tudo, o apoio de minha família, fez com que despertasse em mim a coragem em produzir um didático manual de criação e manejo sobre as abelhas Jandaíras, minha paixão.


Além disso, há uma carência em publicações que tragam em detalhes a biologia e o manejo com as Jandaíras. Assim se torna fundamental o desenvolvimento de uma publicação que traga o maior número de informações possíveis a respeito da melhor forma de criação dessas abelhas tão especiais.

É preciso esclarecer que não tenho a mínima intenção em produzir um documento de cunho científico em obediência as regras formais de publicação e formatação (ABNT). Meu interesse é criar algo que seja de simples leitura, sem entrelinhas e palavras de difícil compreensão. Que sirva tanto ao mais profundo conhecedor da área, mas acima de tudo, que sirva muito mais ao singelo homem do campo.

Quem é meliponicultor sabe a importância que as abelhas sem ferrão têm para a preservação e continuação da vida em nosso planeta, sem as abelhas não teriam existido as condições ideais para a nossa própria existência. Mesmo com todo esse valor para a natureza, poucas são as pessoas que realmente conhecem as abelhas sem ferrão, em especial a Jandaíra.

A realidade se agrava por que os próprios órgãos ambientais do nosso país, pasmem, desconhecem as abelhas sem ferrão quase que por completo. Apenas para rapidamente ilustrar essa triste realidade afirma, em resumo, no art. 757 do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RISPOA) que mel é apenas o produto produzido pelas abelhas da espécie apis melífera, ou seja, mel é somente o néctar colhido e processado pelas abelhas africanizadas. Literalmente, esqueceram das mais de 300 espécies nativas de abelhas sem ferrão.

Dessa maneira, dentro dos próximos meses, no intuito de contribuir para a divulgação e criação racional da abelha Jandaíra, me debruçarei entre meus apontamentos produzidos nesses anos para criar um Manual de Meliponicultura para a Jandaíra.

Não tenho a pretensão de esgotar todos os temas a respeito dessa espécie, pois como sabemos ainda há muita coisa a ser descoberta sobre o mundo mágico das abelhas sem ferrão, apenas espero transmitir os meus pacos conhecimentos sobre esses seres abençoados, e, se Deus me permitir, tocar a alma de todos os leitores para fazê-los, assim com as Jandaíras me fazem, melhores filhos, melhores pais, cidadãos mais conscientes do seu papel com o planeta e com espíritos preservacionistas por um mundo melhor.

Criar as abelhas Jandaíras é ato supremo que me deixa a cada dia mais próximo da divindade, quando estou com as abelhas estou em contato diretamente com o Criador, espero com esse pequeno trabalho poder contribuir mais um pouco para a contínua existência da meliponicultura.

att,

Mossoró-RN, em 06 de abril de 2011.


Kalhil Pereira França

Meliponário do Sertão

terça-feira, 5 de abril de 2011

Postura em forma de coração

Quando digo que a Jandaíra não tem padrão de postura ainda tem gente que discorda. Tudo bem, vivemos numa democracia onde cada um tem direito a sua opinião. Mas apenas para ilustrar a minha certeza, trago para vocês uma foto que recebi da amiga Silvia, pesquisadora italiana que está trabalhando nos meliponários da UFCE.

Vejam o formato do disco de cria superior, é um coração!!! É a primeira vez que vejo as abelhas demonstrarem, literalmente, o amor que sentem pelo meliponicultor, no caso da Silvia, que sentem pela meliponicultora.


Por isso que sempre afirmo que não adianta o desenvolvimento de uma caixa que induza as abelhas Jandaíras a uma postura circular com outras espécies de abelhas sem ferrão. Digo isso principalmente por que já pesquisei vários modelos de caixas e em todas elas nunca obtive um padrão de postura.

Isso se deve ao fato que essas abelhas habitam árvores da caatinga que possuem as mais variadas formas de ocos. Fora que a espessura dessas plantas varia muito conforme a espécie. As abelhas, instintivamente, guardam no seu DNA a sabedoria que devem fazer o ninho da maneira que mais seja aproveitável possível, por isso a gente ver essas postura tão diferentes.

Já ouvi relatos de meliponicultores que ao abrirem ocos de catingueira observaram a existência de 23 discos de cria de Jandaíra, cada um do tamanho de uma moeda de um real. Vejam o quanto essas abelhas são adaptadas a caatinga. Não é a toa que são chamadas de Rainhas do Sertão.

att,

Mossoró-RN, em 05 de abril de 2011.

Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Machos desidratando néctar

(Visita!)


Neste sábado tivemos o prazer em receber uma meliponicultura iniciante, mas muito inteligente e curiosa de bem longe, trata-se da Silvia, Engenheira Agrônoma, italiana que está no Brasil fazendo um trabalho de pesquisa de pós-graduação com as Jandaíras na Universidade Federal do Ceará.


Infelizmente não pude mostrar todas as colônias, pois 95% das caixas já estão em outro lugar para fugir do carro fumacê e mesmo as restantes estão muito fracas, mas mesmo assim, foi um prazer enriquecer o conhecimento da Silvia com algumas palavras sobre as tão maravilhosas abelhas Jandaíras.


...


(Fotos Curiosas)


Ao realizar o manejo nesse fim de semana percebi uma coisa bem curiosa, a literatura afirma que além da função reprodutiva existe algum tipo de trabalho realizado pelos machos de abelhas sem ferrão, sempre se comenta a função desidratadora de néctar que alguns machos realizam. Sempre vi esses machos realizando essa atividade dentro da colônia, principalmente à noite quando de minhas observações de postura.


Mas ontem eu flagrei esse grupo de machos do lado de fora de uma das caixas fazendo esse trabalho interessante. Curioso era observar a sintonia entre eles, regurgitavam e colhiam a gota de néctar praticamente ao mesmo tempo, até parecia que existia um orientador.





Nessa foto abaixo percebesse com clareza as gotas de néctar sendo desidratadas pelos garotos, a experiência da lida quase que diária me faz reconhecê-los de longe, pois suas características são bem claras para olhos já acostumados a observá-los.





Outra curiosidade digna de um registro foi esse maribondo cabloco, uma vespa predadora de vários insetos, com uma lagartinha de borboleta presa em suas mandíbulas. Certamente a caça será usada em sua alimentação e suas crias.




Ampliando a foto observamos a beleza da vespa ao voar com sua presa nas mandíbulas, esse inseto é um importante predador natural de pragas, é manso mas quando importunado descarrega um ferrão poderoso.


Lembro-me que certa vez levei uma dessas perto da boca, passei dias com uma dor no pescoço que latejava sem parar. Mas a culpa da ferroada não foi do inseto, foi minha pois sem saber me aproximei demais da área de suas crias, ele só se defendeu com as armas que a natureza lhe forneceu. Eu teria feito a mesma coisa.



Mossoró-RN, em 04 de abril de 2011.


att,


Kalhil Pereira França


Meliponário do Sertão

sábado, 2 de abril de 2011

É brincadeira, ontem foi 1º de Abril, rsssss

Não tem nem graça, ninguém acreditou em mim, rsss.

Realmente ontem foi 1º de Abril e eu não podia deixar passar a data sem pregar essa peça em vocês, confesso que recebi muitas ligações e minha caixa de e-mail está lotado com pedidos de continuação, como diz o ditado, "a gente perde o amigo mas não perde a piada!!!

Brincadeiras a parte, eu só vou deixar de criar abelhas sem ferrão no dia que morrer, mas pensando bem, ainda é bem possível que lá no céu tenha algum meliponário de Jandaíra, afinal de contas, Padre Huberto já foi para companhia do Senhor e certamente já deve ter convencido ele a implantar alguma criação de Jandaíras por aquelas bandas....

Mossoró-RN, em 2 de abril de 2011.


Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Encerramento do Blog do Meliponário do Sertão

NOTA DE ENCERRAMENTO!!!! Prezados amigos amantes da Meliponicultura.
É com muita tristeza que abandono a criação de abelhas sem ferrão, infelizmente, por questões pessoais, estou sendo obrigado a deixar de criar abelhas nativas, atividade essa que é minha paixão e que deixa diretamente em contato com Criador.
MOSSORÓ-RN, EM 1º DE ABRIL DE 2011
Kalhil Pereira França

Meliponário do Sertão

As minhas NÃO!!! Mas essas aí tem FERRÃO.

(foto da Internet)
Ataques de abelhas provocaram duas mortes em apenas dois dias, no Rio Grande do Norte. Na terça-feira (29), o servidor público Geraldo Gomes da Silva, de 65 anos, morreu em cima do trator no qual trabalhava, em Ielmo Marinho.

Já ontem (30), o agricultor Francisco Florêncio da Silva, de 80 anos, foi atacado no sítio Maracujá, em Pureza, e faleceu já no Gizelda Trigueiro, em Natal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o calor faz do período entre agosto e abril o mais propício para o ataque das abelhas.

A Corporação registrou, em 2009, 1.506 ocorrências envolvendo esses insetos. Em 2010 foram 1.372 e nos dois primeiros meses de 2011 um total de 258, representando 21,8% do total de chamados. Em todos os três anos foi o tipo mais comum de ocorrência.

Os bombeiros alertam que os cidadãos não devem tentar retirar colméias sem a devida qualificação técnica, já que podem colocar em risco a si próprios e a outras pessoas.

De acordo com o cabo João Mesquita, que trabalha há oito anos no atendimento às ocorrências; e o chefe da Seção Independente de Defesa Ambiental, aspirante Ananias Targino, os populares devem tomar cuidado com som alto, cheiros fortes, roupas escuras, felpudas e grande movimentação próximo aos locais onde existam abelhas.

Se atacado, o ideal é tentar manter a calma e ficar imóvel, ou buscar um rio ou manancial de água próximo. É preciso evitar matar abelhas, mesmo solitárias, pois essas podem liberar odores que atraem o restante do enxame.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte (RN)